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sábado, 26 de março de 2011

Reflexões-Aprendizagem da Língua Portuguesa


A falta de luz e de tempo disponível impediram-me de dar notícias nos últimos dias… mas estou viva e bem disposta…
Mais ou menos todos os dias somos confrontados com algum corte de electricidade… quando menos se espera, ele aí está… e não há luz! Claro que é preciso passar ao plano B, trabalhar à luz da vela ou… não trabalhar… mas como não trabalhar não convém… faz-se o que se pode e como se pode, mas há coisas que não podemos fazer!

Da semana passada tenho duas coisas para partilhar convosco:
Na 3ª feira, dia 22 de Fevereiro, participei no I ENCONTRO DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCELHO DE S. MIGUEL
Escola Secundária de Achada do Monte
 Fiquei feliz quando este encontro foi anunciado pois acreditava que assim poderia perceber melhor a realidade do ensino da Língua Portuguesa, neste Concelho, onde agora estou… E assim aconteceu! Estava reunida a quase totalidade dos professores de Língua Portuguesa e, logo no primeiro tópico das actividades: “Apresentação do retrato das dificuldades dos alunos no processo ensino - aprendizagem da Língua Portuguesa ” elas aí apareceram sem máscara e sem rodeios: a maioria dos alunos só convive com a Língua Portuguesa na Escola, muitos não estão motivados para a utilizarem porque não se sentem preparados para tal, os professores das outras disciplinas acabam por falar em crioulo e permitir que os alunos respondam igualmente em crioulo o que acontece também nos testes sem que isso seja corrigido e penalizado na respectiva avaliação.
No segundo tópico foi apresentado um olhar crítico sobre “A adequabilidade do programa nacional à realidade do Concelho” e em seguida discutiu-se sobre “Socialização das estratégias a serem aplicadas para o melhoramento do ensino do português” e sobre “As iniciativas não académicas na promoção da Língua Portuguesa, no concelho de S. Miguel”.
O encontro permitiu um diálogo saudável e construtivo e terminou com um almoço onde o convívio continuou entre os docentes que têm a difícil tarefa de ensinar a Língua Portuguesa, neste concelho do interior da Ilha de Santiago, a alunos que não vêem grande utilidade na aprendizagem desta Língua feita em quatro blocos semanais de 50m em turmas que têm à volta de quarenta alunos e, na maioria dos casos, com poucos (ou pouquíssimos) recursos materiais.
Exemplifico essas dificuldades com alguns trabalhos dos meus alunos do 8º ano:

TEXTO 1                                                                              


 TEXTO 2 

TEXTO 3                                                                           


TEXTO 4



Autoria: Professora Voluntária
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Nota final – As dificuldades são muitas mas é emocionante constatar que para superarem as suas dificuldades, andam quilómetros para ir à escola e aplicam-se … porque gostam de APRENDER!

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